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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

QUEM SOMOS?...qual a raiz do medo?

Bom dia, para todos!.....observaram a noite passada, o céu?...o céu cristalino já está plasmado em fase avançada.....que maravilha!
Bom, vamos conversar um pouco.....
Nossa consciência, condicionada e identificada a reconhecer-se por meio de uma auto-imagem, parte sempre da premissa errada quando inicia um processo de busca por auto-conhecimento, já perceberam?
Estamos acostumados a nos ver, sentir e relacionar sob a forma de uma !identidade"...um nome, associado a uma forma, relacionado por parentesco com fulano e beltrano, qualificado para tal profissão, etc.; enfim, nos sentimos como "alguém", em relação com esse conjunto de circunstâncias, não é mesmo? Quando queremos saber sobre uma outra pessoa, perguntamos; "Quem é fulano?" E sobre nós mesmos; "Quem sou eu?" Esse "quem" sempre nos conduz  a respostas tais como um nome, uma filiação, um título profissional, ou seja, dados e informações externas conectados ou relacionados com o indivíduo....
Mas, esse "quem" não nos conduz  à  p e s s o a, ou  a  n ó s  m e s m o s , como ser ou essência...não!
Quando transferimos essa pergunta para uma investigação mais profunda da nossa natureza, daquilo que somos ...per se...continuamos inconscientemente na busca de algum tipo de identidade como algo fora de nós, continuamos nos projetando em coisas, idéias, opiniões ou crenças, com as quais criamosnovos vínculos de identidade, já perceberam isto?....é assim...por exemplo; "eu sou um espírito que habitará um dos muitos planos do astral, após a morte física, de acordo com meus méritos". ou "eu sou um servo de Deus". ou "eu sou um organismo material pensante que morre com o corpo." ou ainda "eu sou uma centelha divina quedesceu à terra para iluminar a matéria."...e por aí vai...já devem ter ouvido esses pensamentos.....
Mas, O QUE É O HOMEM? O QUE SOU EU?, independente de projeções ou relações externas? O que sou eu, em mim mesmo, como eu próprio? O que sou eu como aquilo que realmente sou?
Ao longo do processo de crescimento de consciência, passamos por diferentes etapas de transferência de identidade, incluindo as citadas acima e muitas outras mais. Porém, em um certo ponto do processo, teremos que abandonar o "eu sou isso", e , portanto, "não sou aquilo", porque nossas possibilidades de identificação e projeção estarão esgotadas, e teremos que descobrir simplesmente , O QUE SOMOS...É nesse momento que a consciência inicia um processo de percepção holistica de si mesma, uma visão includente e mão mais excludente, não é mesmo? No processo de identificação temos uma visão unilateral  de nós mesmos; se somos isso, não somos aquilo; se eu sou quem sou, não sou o outro. Ora, a visão do quem, é sempre excludente e é a raiz do egotismo, do eletismo, do separativismo, que nos faz perceber o outro  como algo estranho e diferente de nossa natureza.....percebam isso, comigo....o outro é uma ameaça à nossa identidade, um opositor com quem competimos e medimos força de uma forma ou de outra - e essa é a raiz do medo!
A condição de nossa consciência, a forma como nos percebemos, determina a nossa maneira de ver o mundo, "fora de nós"...do relacionamento com o outro. O que muitos ainda não distinguem é que o mundo que percebemos, "fora de nós" é um reflexo de nosso mundo interior!...Medimos  com a vara que usamos para medir a nós mesmos....é a isso que se denomina projeção.
Sómente quando descobrimos isso, quando cessamos de buscar identidade, começamos a nos perceber de forma multifacetada, como se uníssemos as diversas peças de um quebra-cabeças.
Nesse momento, nossa percepção torna-se includente, passamos a nos perceber como  ...isso mais aquilo...e, não mais, ...isso ou aquilo....Gradualmente, derrubamos as barreiras interiores de identificações com partes ou aspectos de nossa totalidade, e começamos a desenvolver uma percepção de sintese, de unicidade e de complementaridade entre os múltiplos aspectos de formas de expressão dessa totalidade que somos. Quando isso acontece, também nossa visão do mundo  e ..do outro...se modifica; o medo, a ameaça representada pelo outro, desaparece, e, em seu lugar, começa a surgir uma compreensão profunda e compassiva do outro;  é o alvorecer de uma compreensão amorosa em relação a si e aos outros.  Essa compreensão amorosa  é o antídoto definitivo para as angústias e o terror do egotismo.
Na verade, não somos uma centelha divina evoluindo a matéria, nem somos a substância que está sendo evoluida; também não somos as muitas personalidades que assumimos durante a existência; não somos a mente ou a emoção;  SOMOS TUDO ISSO e muito mais...Somos uma totalidade que contém todas essas funções e possibilidades de expressão, mas não somos nenhuma delas em particular, em separado...entendem? Precisamos começar a mudar nossos conceitos de ..inferior..e ...superior....para uma percepção direta das diferentes funções do SER como um todo... Mente-corpo, espírito-matéria, substância-energia, são diferentes estágios e graus de expressão do SER ÚNICO-DAQUILO QUE É...
A dierença é de grau de vibraçãoe não de gênero....em outras palavras, funcionamos como uma bateria de autotransformação, de elevação gradativa da vibração energética, de um para outro nívelde nosso ser, através de nosso viver.  A energia é neutra.  Depende de nós qualificá-la vibracionalmente de acôedo com nossa vontade; mas a força da luz emitida por uma consciência iluminada chega mais longe e mais alto do que a força da vontade pessoal, porque essa é limitada pela própria condição da consciência egóica..percebem?  Um mago negro não pode alcançar o mesmo grau de poder e consciência daquele que se iluminou, porque o poder da luz é absoluto e ante ele, a treva se dissipa....A vontade egóica é limitada, enquanto a pureza é infinita!...pois que a luz se expande sempre e é a frequência mais alta!
P que somos não é apenas multifacetado, mas também MULTIDIMENSIONAL....O tempo é um conceito exclusivo da percepção tridimensional, onde se organizam vivências em uma sucessão de encarnações...a percepção em outras dimensões mais altas de luz é simultânea e atemporal. Quando cremos ter visões de deuses ou anjos, estamos, muitas vezes, percebendo a nós mesmos, a nossas vidas, em outras dimensões simultâneas... Essa percepção é uma disciplina que podemos cultivar e desenvolver, da mesma maneira que as faculdades de aprender a arienta-se e discernir....o que nos impede de fazê-lo são apenas os nossos bloqueios psicológicos e, dentre esses, o maior bloqueador é o medo..... Por exemplo; todos nós dizemos que queremos ser amados, buscamos o amor em toda a parte, mas o que acontece quando alguém nos ama?Quase não podemos tolerar; uma parte de nós, busca estragar aquela relação....não é mesmo?..........
sentimos medo de perder e medo de nos entregarmos e acabamos por sabotar aquele amor...como muitas pessoas que conheço....e eu mesma quando adolescente.... Ora, o apêgo e a aversão são propriedades da matéria, mas a matéria, é a substância-primada consciência e não pode ser descartada como uma coisa pecaminosa ou inferior.....É função da natureza humana harmonizá-la e transmutá-la.  No ocidente, temos uma tendência a supervalorizá-la em detrimento da interioridade, identificando-nos com ela e desenvolvendo apegos....  Na  Índia, a consciência foi supervalorizadaem detrimento do bem-estar fisico e da saúde; e desenvolveu=se uma aversão pela matéria....Ambos estão divididos por identificação e, portanto em desarmonia...
Esse jogo de apego e aversõestorna-se um entrave a partir do inconsciente que nos bloqueia e confunde quando estabelecemos nossos objetivos de vida e necessidades e buscamos alcançá-los. A vontade, bem como a conscientização de uma necessidade a ser suprida, é uma força de atraçãoque pode eventualmente produzir as condições para sua realização. Porém, nossa vontade raramente é lúcida e desbloqueada.
Existe uma espécie de nó, uma certa sensação de desconforto, quando saimos em busca da realização de nossos objetivos. Não sabemos bem o que é, mas é um sentimento de descrença em nosso sucesso...uma sensação de que "não merecemos".....sentimentos conflitantes atuando....em maior ou menor grau para cada um.... O que nos está bloqueando?....mágoas, ressentimentos, rancores, sentimento de culpa, enfim, uma constelação de conflitos projetados em outros e em nós mesmos que dormem em nosso inconsciente e dos quais muitas vezes já não mais nos lembramos....  " Antes de irdes ao Templo orar para o Pai, deixa tuas oferendas na porta, vai e reconcilia-te com teu irmão."...Sim, a palavra é o perdão....
Perdoar é auto-perdoar-se.
O perdão consciente e profundo é a força que nos liberta e nos abre para o estado de comunhão com a Vida!   Por isso, esse processo é fundamental  no treinamento interior de morrer e renascer, a todo momento.....assim mantemos nossa felicidade interior e podemos permanecer no Presente, esse lugar onde encontram-se todas as possibilidades....  A  Vida, em toda sua abundância e harmonia dinâmica, é um rio que flui contìnuamente em nossa direção, tentando penetrar nossa natureza, mas a maioria de nós mantém fechadas as portas e canais de acesso, por causa do sentimento de culpa  e cargas de ressentimentos, que resistem em soltar, dissolver.....isso é uma manifestação de apego e de medo.....O homem é um dos muitos elos na cadeia evolutiva da consciência no cosmos, mas ele está desconectado e, muitas vezes, em conflito tanto com a evolução elemental , quanto com a angélica...aí, fica difícil, muito difícil.....viver!
A energia vital que deveria fluir através da natureza humana, tanto em direção so reino elemental como desse para o angélico é distorcida e bloqueada, no nível em que a humanidade opera....
continua...daqui a pouco

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